Evo Morales encontra-se em seu pior momento político desde que assumiu a presidência da Bolívia em 2005. O motivo: os protestos indígenas contra a construção de uma estrada que deveria atravessar a reserva natural do território Indígena Parque Nacional Isiboro Sécure e sua posterior repressão. A contradição que ele enfrenta é: optar por uma política desenvolvimentista ou sustentar os princípios eco-indigenistas que o levaram ao poder.
Evo, afirmam, está preso a uma contradição muito forte: ou desenvolve economicamente o país na linha do projeto nacionalista que abriu a Revolução de 1952 ou consolida um projeto alternativo mais perto da realidade do século XXI, onde a preservação do meio ambiente e o respeito às formas econômicas das culturas originárias se tornam objetivos centrais das políticas de Estado.